Serra silenciosa

A Serra era uma vigia silenciosa no transpassar do tempo, cordas
corroídas do violão que ainda não sei tocar, corpos colados na
  intersecçãosútil de dois transformando-se em um...
Uma bela cachoeira ainda não pude te dar...mas dei sim, um sorriso
sincero no olhar...minha vida pra você entrar...

Quero você...muito mais que um delírio nas tardes  gostosas lá no
sítio, sua pele macia, sua boca um doce gomo...Deitava-me embaixo da
mais alta árvore copada, tirava minhas armaduras e entregava-me a
sutileza da terra úmida sob meu corpo quente. Era mesmo você que eu
queria, assim mesmo, do seu jeito, com a ternura no canto dos olhos,
com a poesia embriagando meus sentidos, um lírio silvestre, o infinito
na palma da mão...E eram lindas as luzes que transpassavam as janelas
daquela tarde perdida no tempo, e eram muitas as lembranças que
traziam sua alma para meu encanto, e era em tamanha loucura que eu
gritava seu nome, e fazia ecoar na imensidão do mundo, muito além das
porteiras do sítio, bem perto dos seus ouvidos...Satiiiiiiii!
Satiiiiiiii! Como pode ser a vida sem a delícia do seu sorriso?
Satiiiiii! Satiiiii! Como pode a distancia deixar-me inerte, com o
coração apaixonado? E a tarde corria de mãos dadas com o tempo,
serpenteando o riacho límpido atrás de casa...Eram os pássaros que
traziam-me de volta, a suspirar os meus delírios e a perder-me em todo
seu encanto.

Cada momento ao teu lado é um sorriso a mais na vida..

Diego
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