Ser sem dentro em agonia.
Nada posso pra fora expandir
Língua que prende amarrando a boca.
Nada posso de dentro surtir
Palidez que vertem os dias em apatia
Fome que dói na garganta imperando inconsistência
Hematomas que aparecem por pouca delicadeza
angustia vazia de farta carência.
Nada mais tenho alem dessa fraqueza.
Vontade de enfiar a cara na terra,
devoro assim solidão Rebeca Buéndia.
O gelo, meu calcário de parede.
Banana verde amarrando a boca.
Sôfrego em avidez meu corpo se encerra.
Tépido sangue influi fino,
nada encontro que me sustente
sabor em senso nesse organismo mofino
branco opaco em fragmento pungente.
Débeis sentidos que me erguem cansada
Aceitei seu remédio semeador de cabeça
crença que vende amarrando a boca.
Sintético a espera que meu ser guarneça.
Nem percebo permitir direção errada
Espessa luz que não acalenta,
oco cultivo que desnutre em empenho.
Vermelho sem cor que não posso escoar,
se esvair perderei o que já não tenho.
Vestígio que fere o que não me alimenta
2, 3, 4 ,5 amarrando a boca.