Para mais um que parte sem dizer adeus
Te conto, é tudo que posso nesse momento.
Te conto enquanto te observo partir em um ponto branco.
Imagino ser branco, pois não vejo.
E ainda bem porque se visse,
ia ser visão refratada, molhada, e toda salgada.
Te conto você fez sua conta, um cálculo amedrontado e frio.
Meu conto prolixo em sua conta concisa resultado, fastio.
Me absorveu nossa linguagem.
De espírito em matéria.
Eu mais escrita, você mais imagem.
Eu mais restrita, você de passagem.
O corpo repressão das pulsões,
em desconforto de tato.
Mecânicas do movimento, beijos parcos,
receio dos olhos nos olhos.
As mentes se concederam em mais vazão
Encontraram-se,complementaram-se,tocaram-se
em liberdade.
Raros eventos. (mas isso você ainda não sabe)
O corpo e a mente não se permitiram juntos.
Nesse cálculo eu compactuo.
Corpo + mente = sentimento.
Conta simples, não fosse às regras da relação misturar positivo e negativo.
Observo-o partir, mas nem posso mais sentir,
isso já passou também.
isso já passou também.
Assim como querer compreensão
do que foi contido.
do que foi contido.
O que em mim existiu e em você resistiu.
Disperso no ar sem conversa nem bagagem,
dissipado nas brumas que escondem
chances de viver horizontes.
chances de viver horizontes.
Te conto para enfim o ponto
com ação de fuga pra novas paisagens.
Vai fugaz... sem olhar... sem abraço...
Nem dizer: To indo, até mais.
Já é homem, mas quanta ingenuidade
acha que assim vai enganar a saudade.
Mas sei que leva no canhoto da passagem.
Pra um dia sentir em algum lugar do mundo,
a pergunta que talvez se torne selvagem:
Por quanto mais evitar sentimentos profundos?
incrivelmente forte, sensivel, corajosa e pedagógica essa sua escrita! Parabens amiga, te adimiro e te cultivo!
ResponderExcluirUm beijo! (otimas imagens)
Linda brigada!! vc sempre me inspira e me incentiva!! ei mas pedagogica?? rsrs num tendi
ResponderExcluirbeijooo
ah as imagens, foram pesquisas na net, mas infelizmente não sei a fonte...
Quando se procura um conto este não sai como o previsto, já sua contra-partida, ou quando se é parte muda-se completamente o conto contado.
ResponderExcluirA respeito deste trecho que se segue:
"...O corpo e a mente não se permitiram juntos.
Nesse cálculo eu compactuo.
Corpo + mente = sentimento.
Conta simples, não fosse às regras da relação misturar positivo e negativo."
O corpo permite o que a mente sente, numa relação a dois, necessita-se da consubstancialização química como causa concreta da mesma. Em se tratando da existencia de sentimentos, acredito eu, que quando se trata o "sentir" não haja calculo preciso.
Positivo e negativo é uma questão de equilibrio natural, se tudo fosse somente positivo onde iriamos depositar a sua contra-partida. Sua soma pode ser um decrescimo, ou a anulação, pois no plano corporeo não se pode retroagir. Um mal necessario para podermos evoluir.
O poema é muito bem redigido tem se superado em suas escritas, ainda carregada de muito sentimento... mas acredito serem de boa condução para o amadurecimento de seu coração.
Continue assim, uma sugestão aceitar ou não é mera condição finda:
Deixe que suas emoções passe antes pelo crivo de suas razões, pois esta saberá lhe indicar o caminho certo para que esses sentimentos possam mutar e como diria você expandir.
O coletivo de estudos orientais - (Lobo do Mar)
"O corpo permite o que a mente sente" acho q não é bem por ai... por isso tantas doenças somáticas, desarranjos...
ResponderExcluirA busca é o equilíbrio corpo mente que se colocam como dois distintos gerando tantos conflitos. O positivo e negativo, são as dualidades que tbm devem ser transcendidas.
Obrigada pela atenção ao conto, a escrita, ao sentimento, amadurecimento... eu entendo qd, diz carregado de sentimento... Mas minha razão, senhor Lobo, é tão sentimental... mas fico feliz, porque o sentimento continua regando os olhos (do corpo da mente) para não morrerem secos.