Dos movimentos que se tornaram cotidianos, fizeram-se o passo da intimidade, compartilhando no armarinho do banheiro objetos que escamoteiam odores.
Mas ela não durara nem um frasco de desodorante.
Que por não ser um livro, objeto contundentemente requerido não importa a forma de término nos relacionamentos, ele permaneceu ali.
Para uso conveniente de novas visitas, ainda sem seus lugares no armário.
Mas a sua tampa rosa deixava um cheiro no ar
e trazia a sutil denúncia de que os novos amores possuem passados.
Que charme, coisa tal que, as vezes, só o noir nos traz.
ResponderExcluirHá sete elementos de um filme noir que Raymond Borde e Etienne Chauteton apontaram em Panorama du Film Americain (extraído e traduzido em Film Noir Reader, editado por Alain Silver e James Ursini). São eles:
ResponderExcluir*um crime;
*a perspectiva dos criminosos, não da polícia;
*uma visão invertida das tradicionais fontes de autoridade, tal como a corrupção policial;
*alianças e lealdades instáveis;
*a “femme fatale” (fêmea fatal): a mulher que causa a ruína e/ou morte de um bom homem;
*violência bruta;
*motivação e mudanças em complôs bizarros.
http://www.scoretrack.net/filmnoir.html
Que elegância até trágica em sua letras, senhorita autora. Fascinante!
ResponderExcluirAdorei teu blogue, vou adicioná-lo ao meu; ok?
Um abraço, querida.